8 de out. de 2011

Fugir

Vamos. Logo ali virando aquela esquina existem mistérios que nem as estrelas conseguem enxergar. Vamos. Somos só nós, caminhando de mãos dadas pelas ruas escuras e de sombras sinistras de um futuro louco. Se algo pode nos acontecer? Quem se importa, quando tudo o que nos resta é viver? Já fui pensamentos demais quando tudo que eu devia ter feito era ser. Agora que a necessidade de pensar me toma e me cerca, vejo a oportunidade perfeita de ser em exagero. Vamos. O tempo que passa está logo ali, esperando o momento exato de parar. Eu só preciso de você. Vamos. Desculpa se tudo que eu tenho agora é uma vontade azeda de me libertar. Sempre achei que quando o momento de bater asas fosse chegar o sabor seria um punhado agridoce de desejo e arrepios. Erro meu. Eu e essa minha mania estúpida de me subestimar. Vamos. Não temos nada a perder senão o suor e cada respiração que uma vez postos para fora são irrecuperáveis. Vamos. E sugiro que não falemos absolutamente nada. 

Então vou indo e você pode me seguir com mais cautela, se o medo lhe tomar as batidas do coração. Meu convite já lhe foi feito. Vamos?
30 de jul. de 2011

O preço

Realidade. Palavra mais tola que gosta de aporrinhar os meus sábados barulhentos e os meus domingos de pura preguiça. Fato que traz como consequência minhas semanas maquinárias e de um verdadeiro tédio necessário e maldoso que avisa sobre as verdades do que é viver. Não pense que eu não sei que isso é conversa perdida, palavra jogada fora... Sou PhD em descobrir das maneiras mais tolas que (quase) ninguem se importa. Não que esse "quase" signifique alguma experiência positiva. Está mais para uma ponta de esperança que costumo manter guardada comigo, no caso de uma queda muito brusca do campo áreo dos sonhos, planos e desejos acontecer.

A questão é: como manter a mente sã em meio a tantas falhas do meu , do seu, do nosso... Alguem, por acaso, está pronto para dizer que o sistema falhou, a casa caiu, o barco afundou, o sonho sumiu e, só por acaso, se importar??
1 de jun. de 2011

Vai e vem

Sonhando. Vendo o tempo passar distante, sob fragmentos intocáveis de uma falsa sensação de controle. Nem tudo são estrelas, mas nem só de estrelas vive o céu. Há momentos de nuvens cinzas, brancas e avermelhadas. Outras vezes o céu se veste com um longo e infinito vestido azul esvoaçante e faz questão de se adornar com um sol imenso e amarelo. Outras vezes o céu chora. Fica com tanta raiva que simplesmente decide que vai destruir tudo e despeja toda a sua raiva, só porque quer e pronto. Contudo, logo depois, envergonhado, assume uma multi coloração tímida, de 7 cores belíssimas e pede desculpa, quase como se quisesse sorrir.

As vezes tudo que devemos fazer é nos camuflar, e por favor não confunda o que eu digo com se esconder. Ambos se distinguem entre proteção e covardia, duas palavras que em uma mesma frase, usadas para justificar alguma coisa, não passam de justificativas nulas. Tudo muda. A felicidade não tem cor, cheiro, muito menos toque padrão. Ela é o que é pra mim e pro mundo tudo o que é capaz de ser. E ela muda constantemente, porque tudo muda, o tempo inteiro. Vai e vem, sem pedir permissão.

 

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